A Embratel mantém os planos de lançamento do Star One D2 em fevereiro de 2021. Segundo revelou o diretor da companhia, Lincoln Oliveira, a estratégia da companhia permanece inalterada, mesmo com as incertezas trazidas pelo impacto do leilão de 5G na banda C e o declínio da TV por satélite (DTH).
"Nas mudanças de espectro, temos formas de adaptar, de mitigar interferência e mover para diferentes parte do espectro. Podemos fazer e trabalhar juntos", destacou o diretor da Embratel durante participação no primeiro dia do Congresso Latinoamericano de Satélites 2020, nesta quinta-feira, 1º. O evento, que este ano acontece online, é organizado pela Glasberg Comunicações e promovido pelo TELETIME.
Oliveira explica que as operadoras satelitais trabalham juntas, por meio do Sindisat, com a Anatel e as teles para endereçar a questão do 5G. A visão é "muito positiva", uma vez que a agência ainda está avaliando se a saída para liberar espectro na faixa de 3,5 GHz seria por mitigação com filtros LNBF ou migração dos serviços satelitais da banda C para a Ku. "Acho que podemos harmonizar tudo. Há solução, e somos parte dela. Não somos impactados negativamente."
No caso do declínio do DTH, a ideia é que o serviço eventualmente migre para outra tecnologia. Falando de maneira geral sobre o mercado de satélites geoestacionários (GEO) em vídeo (broadcast, DTH), Oliveira colocou: "Se o DTH morrer, vão migrar para a banda larga, o que já está sendo atendido também pelo GEO".
"Mudança é parte da vida. Tudo muda, a indústria satelital está experimentando muito isso", avalia. "Não vemos problemas em ver mudanças e nos adaptarmos, está em nosso DNA e continuamos a trabalhar e tomar as medidas necessárias."
Satélite híbrido
Para Oliveira, o lançamento do D2 permitirá "manter receitas de serviços legados atualmente", inclusive a TV via satélite. "Vai atender as parabólicas, [segmento que] acreditamos que vai continuar com a digitalização e o crescimento do atendimento para mais de 20 milhões de pessoas que assistem à TV", declarou. A Star One é parte do grupo Claro Brasil, que por sua vez é controlada pela América Móvil.
Além da banda C, o satélite híbrido possui capacidade nas bandas Ku, Ka e X (militar). Ele ficará situado na posição orbital 70º Oeste, que Oliveira considera ser uma "hot position" e onde substituirá o atual Star One C2, mais focado em DTH. Vale lembrar, a posição orbital é alvo de disputa na Anatel entre a Embratel e a ViaSat, que pretende alocar um dos satélites da classe ViaSat-3 nessa região, onde já atua nos Estados Unidos.
Abertos a possibilidades
Embora seja uma companhia tradicionalmente do mercado geoestacionário, a Embratel/Star One não está de olhos vendados para o que acontece no ecossistema. Lincoln Oliveira afirma que as "mudanças de constelações e novas formas de fazer negócios" estão sendo estudadas, e que as alternativas para órbitas médias (MEO) e baixas (LEO) "é uma questão em aberto", mas que não há decisão ou planos específicos. "Estamos muito ligados no mercado e nas tendências, e esperamos ter uma melhor ideia ou visão no futuro", afirmou.
Fonte: Teletime
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