A Intelsat, uma das principais operadoras de satélites, recebeu autorização para expandir suas operações no Brasil, adquirindo faixas adicionais de espectro de radiofrequência para o seu satélite geoestacionário IS-905. Esta decisão foi unânime e anunciada pelo conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), sendo publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira, 21.
Com essa nova autorização, a Intelsat poderá utilizar as faixas extras em todo o território brasileiro, embora sem exclusividade. O custo para essa expansão foi de R$ 102,6 mil, a ser pago em uma única parcela.
A licença atual da Intelsat para operar o IS-905 se estende até 30 de novembro deste ano. O satélite, posicionado a 24,5°O e lançado em junho de 2022, possui uma vida útil prevista de 13 anos.
As novas faixas liberadas pela Anatel incluem as de 10,95 GHz a 11,2 GHz e 11,45 GHz a 11,7 GHz (para enlaces de descida), além de 14 GHz a 14,5 GHz (para enlace de subida), todas dentro da banda Ku.
Atualmente, a Intelsat tem o direito de explorar o IS-905 no Brasil desde 1º de abril de 2021 até o final de novembro de 2024, utilizando as frequências de 5,93 GHz a 6,29 GHz (subida) e de 3,7 GHz a 4,07 GHz (descida). A empresa já expressou interesse em prolongar sua operação no Brasil, buscando estender sua licença até fevereiro de 2032, após o término da autorização atual.
Em um despacho assinado pela conselheira substituta Cristiana Camarate, foi esclarecido que a solicitação de nova autorização será tratada de forma separada, já que pode envolver uma análise distinta das condições consideradas na atual alteração de direitos.
Problemas com o Satélite IS-33e
Recentemente, no dia 19 de outubro, a Intelsat comunicou a perda de contato com o satélite IS-33e, que oferecia serviços na Europa, África e partes da Ásia-Pacífico. Após detectar uma anomalia, a empresa confirmou a perda de energia do satélite, com poucas chances de recuperação. As Forças Espaciais dos Estados Unidos informaram que o satélite, produzido pela Boeing Space Systems, se desintegrou no espaço, resultando em cerca de 20 fragmentos ainda em órbita.
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