A latência e o
atraso são parâmetros importantes para a qualidade de serviço das aplicações.
Ambos os termos podem ser utilizados na especificação de QoS, embora o termo
"latência" seja convencionalmente mais utilizado para equipamentos e
o termo "atraso" seja mais utilizado com as transmissões de dados,
por exemplo: atrasos de transmissão, atrasos de propagação, etc. O sinal em um cabo viaja a aproximadamente 2/3 da velocidade da luz
no vácuo, ou seja, 200.000 km/s. Os satélites geoestacionários, que estão em
órbita acima da Terra a uma altitude de cerca de 36.000 km, apresentam um
atraso de cerca de 270 ms para um salto de comunicação via satélite.
Em geral, a latência
da rede pode ser entendida como o somatório dos atrasos impostos pela rede e
equipamentos utilizados na comunicação. Do ponto de vista da aplicação, a
latência resulta em um tempo de resposta (tempo de entrega da informação,
pacotes, etc.) para a aplicação.
Os principais
fatores que influenciam na latência de uma rede são o atraso de propagação (Propagation Delay), velocidade de
transmissão e tempo de processamento nos equipamentos:
•
Atraso de propagação corresponde ao tempo necessário para a propagação
do sinal elétrico ou propagação do sinal óptico no meio utilizado (fibras
ópticas, satélite, par trançado etc.) e é um parâmetro imutável onde o
administrador de rede não tem nenhuma influência (Figura 3);
•
Velocidade de transmissão é um parâmetro que pode ser controlado pelo
administrador visando normalmente à adequação da rede à qualidade de serviço
solicitada. Em se tratando de redes locais as velocidades de transmissão são
normalmente elevadas, tipicamente superiores aos 10 Mbps, dedicada por usuário;
•
Tempo de processamento tem haver com o atraso introduzido pelos
equipamentos de rede uma vez que a latência é um parâmetro fima-fim e os hosts
também têm sua parcela de contribuição para o atraso.
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